Prémio Diogo de Castilho 2019
As Novas Instalações da Plural venceram o Prémio de Arquitectura Diogo de Castilho 2019 ex aequo com a Cerâmica Antiga de Coimbra
Biennale di Venezia 2021
O Bairro Padre Cruz (Lote 02) integra a representação portuguesa na Biennale di Architettura di Venezia, curadoria dos DepA architects
Prémio Reabilitação Urbana 2019
As Novas Instalações da Plural venceram o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2019 para Melhor Intervenção Comercial e Serviços
ECO BAIRRO BOAVISTA
TIPO Concurso Público de Concepção da Solução Arquitectónica para a "Zona de Alvenaria" do Bairro da Boavista em Lisboa, Lisboa
CLIENTE Câmara Municipal de Lisboa
LOCALIZAÇÃO Lisboa, Portugal
STATUS concluído
CO-AUTORES Bruno Silvestre Architecture, Luís Spranger SALL Arquitectos
PRÉMIOS Primeiro Prémio
A solução urbana aqui apresentada consiste na consolidação da rua e praceta como espaços urbanos, interligados por uma malha de percursos pedonais nascente-poente. Estas ligações evocam uma imagem familiar da cidade de Lisboa, onde a experiência do espaço urbano é fortemente caracterizada pela topografia acidentada da cidade. Sugere-se que a malha pedonal que atravessa os lotes seja completamente integrada no espaço público como prolongamento dos passeios ao longo dos arruamentos. Deste modo, a permeabilidade garantida pela malha pedonal teria a vantagem de integrar a encosta da “Alvenaria” num contexto urbano mais alargado, ligando o seu sopé ao Parque Florestal de Monsanto. A imagem de conjunto resultante da replicação do edifício pelos lotes da encosta foi um aspecto fundamental na formalização arquitectónica e urbana aqui proposta. Poder-se-á afirmar que a solução proposta sugere duas escalas de repetição: à escala da arquitectura e do lote é evidente a ideia de repetição de elementos volumétricos semelhantes, contudo individualizados; à escala urbana da encosta, o mecanismo de repetição gera um padrão edificado que combina e sobrepõe as noções de réplica, singularidade, continuidade, ritmo e conjunto. A forma arquitectónica serve assim de base para a transição de escalas entre a arquitectura e a cidade, esta como uma amálgama coesa de formas edificadas. A configuração do lote permite ainda a sua replicação inalterada em situações de gaveto na extremidade de cada arruamento. O avanço e recuo de volumes em relação ao eixo da rua permitirá que uma praceta do lote se abra ao entroncamento ou cruzamento de ruas, reconhecendo uma condição urbana de remate, sem alteração da configuração original do lote. É importante sublinhar que as qualidades da imagem de conjunto não serão exclusivas de uma percepção aérea da encosta. A permeabilidade pedonal proposta através da perfuração urbana de cada lote garantirá ao peão uma experiência completa da encosta onde será evidente a sobreposição das escalas da arquitectura e do conjunto com a escala da cidade.
A solução arquitectónica aqui proposta, ao fragmentar a massa construída num conjunto de elementos, gera variedade e diferenciação na autonomia condicional de cada volume. Na fragmentação volumétrica encontra-se uma escala urbana intermédia entre o colectivo e o individual. Os volumes, se por um lado se expressam como pequenas torres, quebrando a escala dos grandes edifícios de habitação colectiva, por outro também evocam a individualidade da moradia unifamiliar. O equilíbrio entre individual e colectivo é um aspecto social importante na evolução da “ Zona de Alvenaria”, tendo em conta a natureza do casario existente (casas individuais) que os seus moradores têm habitado durante décadas e que a proposta irá substituir. Desta mediação de escala da arquitectura resulta a possibilidade de evitar o alçado repetitivo típico das grandes periferias urbanas. Assim, cada edifício expressa simultaneamente a sua singularidade (na expressão da sua verticalidade, na composição do alçado, na implantação) e a sua similaridade com o edifício vizinho (na materialidade, na linguagem da arquitectura e no diálogo estabelecido pela partilha do espaço público que os une na cidade separando as esferas privada do espaço interior). Da solução proposta resulta um elevado grau de flexibilidade, garantindo a possibilidade de eventuais variações da volumetria quer ao nível urbano, quer no planeamento dos espaços habitáveis das fracções pelo facto destas serem delimitadas na sua maioria por quatro paredes exteriores. A compactação e fragmentação da área de implantação do edifício permitem libertar área de logradouro de modo a que oito dos dez talhões se situem no nível térreo. Estas “hortas urbanas” são assim integradas na narrativa espacial da “chegada a casa pelo jardim da frente”. Assim, actuando como mediador entre o espaço urbano e o espaço privado, o talhão cultivável será a expressão social de cada agregado familiar no bairro, a face pública de cada fracção, encorajando assim o cuidado dos moradores na sua utilização e manutenção. As “hortas urbanas” promoverão a habitabilidade do espaço exterior, funcionando como factor catalisador da interacção social.
A solução construtiva proposta baseia-se numa estratégia de optimização dos recursos naturais, materiais e logísticos necessários e no uso de técnicas construtivas cuja execução minimiza o desperdício durante o período de construção. A técnica construtiva terá assim uma forte componente de operações de montagem de materiais pré-fabricados. A ausência de alvenarias e do uso de argamassas e rebocos reduzirá de forma significativa o uso de água em obra. Por outro lado, o uso de elementos pré-fabricados evitará a necessidade de corte e transformação de materiais em estaleiro e consequentemente reduzirá significativamente a quantidade de desperdício. O uso de estrutura mista (perfis metálicos e lajes colaborantes em betão) eliminará também a necessidade de cofragens. Importa sublinhar que os componentes metálicos empregues serão 100% recicláveis. De um modo geral, a ausência de alvenarias e o emprego de sistemas construtivos compostos de materiais leves contribuirá para a minimização do impacto ambiental nas operações de logística e transporte durante o período de construção. O desempenho energético do edifício e das habitações será largamente optimizado pelo uso de lajes colaborantes que contribuirão significativamente para a inércia térmica do edifício. O sistema de fachada ETICS (External Thermal Insulation Composite Systems) actua como um envelope térmico uniforme e contínuo, corrigindo pontes térmicas de forma eficaz e garantindo um elevado nível de estanquidade. O projecto aqui apresentado pretende aproximar-se dos objectivos ambientais estabelecidos pela Directiva Europeia 2010/31/EU. A solução arquitectónica proposta prevê ainda a instalação de dois sistemas independentes para aproveitamento de águas pluviais e para tratamento de águas cinzentas. O sistema de aproveitamento de águas pluviais destinar-se-á à recolha das águas da cobertura para irrigação das “hortas urbanas”. O sistema de reutilização de águas cinzentas consistirá no aproveitamento das águas de lavatórios, duches e chuveiros com vista à sua reutilização em descargas de autoclismos. Com base na solução arquitectónica aqui apresentada, foi dimensionado um sistema termo solar de aquecimento de águas no sentido de reduzir o consumo energético pela rede pública.
ALEXANDRE SARAIVA DIAS
Alexandre Saraiva Dias nasceu no Porto em 1974.
Licenciado em Arquitectura (2000) e pós-graduado em Arquitectura, Território e Memória (2004) pela Universidade de Coimbra onde lecciona no Mestrado Integrado do Departamento de Arquitectura.
Colabora, em 1999, no gabinete do Arquitecto Pedro Maurício Borges, em Lisboa, iniciando em 2000 a sua actividade enquanto profissional liberal.
Tem sido convidado a participar em debates, conferências e exposições na Casa da Arquitectura, Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa, entre outros.
Tem obra premiada e publicada tanto em Portugal como no estrangeiro, destacando-se o Bairro Padre Cruz, em Lisboa, integrado na RIBA International List 2018 e na selecção para a XI Bienal Iberoamericana de Arquitectura y Urbanismo 2019 (co-autoria com Luís Spranger e Bruno Silvestre), o Colégio Dandélio em Coimbra, Menção Honrosa no Prémio Diogo de Castilho 2017, a Solução Arquitetónica para a "Zona de Alvenaria" do Bairro da Boavista, em Lisboa, Primeiro classificado no Concurso Público de Conceção da Solução Arquitetónica para a "Zona de Alvenaria" do Bairro da Boavista em Lisboa, C‚mara Municipal de Lisboa (co-autoria com Luís Spranger e Bruno Silvestre), e as Novas Instalações da Cooperativa Farmacêutica Plural em Coimbra, obra vencedora do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2019, na categoria de Melhor Intervenção Comercial & Serviços, e do Prémio Diogo de Castilho 2019.
ALEXANDRE SARAIVA DIAS
Bládiu bládiu...
MARIA AMÁLIA FREITAS
Maria Amália Freitas nasceu em Coimbra em 1974.
Licenciada em Arquitectura (2001) pela Universidade de Coimbra.
Colabora, em 1999, no gabinete do Arquitecto João Mendes Ribeiro, em Coimbra, iniciando em 2001 a sua actividade enquanto profissional liberal.
Tem obra premiada e publicada tanto em Portugal como no estrangeiro, destacando-se o o Colégio Dandélio em Coimbra, Menção Honrosa no Prémio Diogo de Castilho 2017, e as Novas Instalações da Cooperativa Farmacêutica Plural em Coimbra, obra vencedora do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2019, na categoria de Melhor Intervenção Comercial & Serviços, e do Prémio Diogo de Castilho 2019.
MARIA AMÁLIA FREITAS
Bládiu bládiu...
Equipa
[desde 2002] Rui Stanzani Lapa, Carlos Querido Borges, João Portugal Santos, Rui Santos, João Lopes, César Marques, Joana Alves, Nuno Galvão, Adriana Manco, Maria Henriques Freitas, Joana Brito, Filipe Fonseca Costa, Joana Bem-Haja, Daniel Gameiro, Nuno Salgueiro, Miguel Serpa Oliva, Inês Moreira, Elísio Graça, Tiago Nunes da Costa, Inês Ribeiro, José Carvalho, Luís Sérgio Almeida, Nuno Pereira, Claudete Neves, Marília Santos, Ana Lopes, Daniela Santos, Nuno Sequeiros, Pedro Lopes, Joana Gouveia, João Mendes, Eloísa Salazar d'Eça, Inês Fonseca.
Team
Blá blá
Principais Clientes
Clients List
APPACDM Coimbra; Associação Nacional de Farmácias; Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro-Rovisco Pais; Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga EPE; Câmara Municipal Lisboa; Câmara Municipal de Montemor-o-Velho; Fundação Bissaya Barreto; IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional; Parque Escolar; Plural - Cooperativa Farmacêutica; Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; SGAL-Alta de Lisboa; Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Coimbra
Associados
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Associated
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Mapa
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Alexandre Dias
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amaliafreitas@orangearquitectura.pt
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entidades de resolução alternativa de litígios de acordo com o estipulado no nº2 do artigo 18º da Lei nº144/2015 de 8 de Setembro constantes em www.consumidor.pt